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Mais novidades da NY Climate Week 2022

23/09/2022

Encerrando a participação de Trench Rossi Watanabe na Climate Week NYC 2022, nos últimos dois dias estivemos no North America Climate Summit, evento organizado pela International Emissions Trading Association – IETA e pela International Carbon Action Partnership – ICAP.

Se você não recebeu as informações que compartilhamos sobre os eventos anteriores, não deixe de checar: Brazil Climate Summit e The Hub Climate Group.

O North America Climate Summit reuniu palestrantes de alto nível, que cobriram tópicos relevantes sobre as mudanças climáticas, incluindo o que se deve esperar de lideranças, tendências de mercado, análise da situação na América do Norte, a situação dos mercados de carbono, inovações digitais e muito mais.
Abaixo, preparamos um resumo dos principais pontos debatidos e que, do nosso ponto de vista, são relevantes:

  • Os mercados de carbono definitivamente fazem parte da solução, mas os críticos desses mercados podem estar corretos em alguns aspectos. As empresas precisam avaliar cuidadosamente seus compromissos, e interromper a utilização de créditos considerados de baixa qualidade.
     
  • Ao mesmo passo, as empresas precisam investir em novas tecnologias e inovações, diversificando seus portfólios de projetos. Infelizmente não teremos tempo hábil para aguardar por uma solução perfeita.
     
  • Instrumentos de comando e controle aparentemente não serão efetivos nessa nova realidade e, na verdade, podem inclusive prejudicar iniciativas inovadoras. Flexibilidade para fins de compliance, colaboração e parcerias aparentam ser uma melhor alternativa.
     
  • 3/4 da redução de emissões que precisamos está em concentrada países em desenvolvimento, onde os maiores investimentos não chegam. Acordos bilaterais e multilareais serão essenciais para a promoção da transferência confiável de “resultados de mitigação internacionalmente transferidos” (Internationally Transferred Mitigation Outcomes – ITMO), ampliação da capacidade, confiança e conhecimento. Existem inúmeras oportunidades na parte sul do globo, mas as empresas precisam se engajar, investir e transferir recursos para países menos privilegiados, já que os investimentos governamentais não acontecerão com a rapidez necessária.
     
  • As novas iniciativas da SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos) buscam impor normas mais rígidas de reporte e transparência de aspectos materiais climáticos nos relatórios financeiros, razão pela qual serão necessárias documentações que comprovem as transações, offsets e aposentadoria de créditos de carbono por parte das empresas. A criação de ativos criptos (tokens) que representem os créditos obtidos no mercado voluntário de carbono, com uso da tecnologia blockchain, poderão ser uma solução para trazer transparência, agilidade e liquidez para as operações, facilitando a rastreabilidade e origem dos créditos.
     
  • Seguindo os passos da União Européia em relação ao Mecanismo de Ajuste Fronteiriço de Carbono (Carbon Border Adjustment Mechanism – CBAM), os Estados Unidos também iniciaram discussões sobre o desenvolvimento de um “ajuste fronteiriço de carbono” (Border Carbon Adjustment – BCA) para evitar o vazamento e garantir a competitividade interna. A insipiração vem do Protocolo de Montreal, que estabelece metas progressivas para substituir as substâncias responsáveis pela destruição da camada de ozônio. Esse novo mecanismo não é visto como uma medida protecionista, mas sim como uma forma de equilibrar a concorrência e garantir o livre comércio. Mecanismos de mensuração, relato e verificação (MRV) serão essenciais nesse novo modelo, já que garantirão a transparência na comparação da intensidade de emissões relativas.
     
  • Os mercados de carbono voluntários e regulados provavelmente seguirão coexistindo, ao invés de se fundirem. Certamente seria mais fácil e cômodo que tivéssemos um único tipo de crédito de carbono, mas essa não parece ser a direção atual. Ambos os mercados serão necessários para o atingimento das metas globais. É importante, contudo, que haja uma melhor comunicação com a população em geral, para que os diferentes tipos de créditos sejam corretmente analisados e comparados (inclusive aqueles quem levam em consideração co-benefícios, como a conservação da biodiversidade e repartição de benefícios).

Nosso time de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudanças Climáticas segue à disposição para auxiliar nesses novos desafios. 

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